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Bicicleta: uma alternativa ambiental e social

  • Fernando César Manosso
  • 28 de mar. de 2015
  • 3 min de leitura

Diante da problemática da mobilidade urbana atual, praticada por diversos meios de transporte, devemos levar em consideração os inúmeros avanços tecnológicos que inseriram no mercado veículos cada vez mais velozes, confortáveis e eficientes, os quais facilitam a vida das pessoas.

No entanto, o modelo de mobilidade urbana adotado em boa parte do mundo, tem se transformado em um difícil desafio para a sociedade moderna, sob a forma de uma enorme dificuldade de se criar, cada vez mais, estruturas de engenharia que permitam uma melhor fluidez no trânsito das grandes cidades, associado a urgente necessidade de se reduzir os padrões atuais de poluição, gerada por milhões de veículos automotores.

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Como nos grandes centros os problemas com a mobilidade urbana têm se apresentado de forma mais caótica, devido ao aumento exponencial de veículos nas ruas, várias são as alternativas que surgem para um transporte mais eficiente e menos poluente, como o uso da bicicleta, por exemplo. Ao contrário do que muitos acreditam, a bicicleta também é um meio de transporte e muito eficiente em pequenas distâncias, traz benefícios à saúde humana, não é poluente, possui maior acessibilidade e baixo custo de manutenção, além de ocupar menos espaço público, reduzindo os gastos na criação de infra-estrutura de suporte, pavimentação e sinalização.

A bicicleta teve a sua criação no início do século XIX, quando estas ainda eram dotadas de linhas e formas hoje consideradas bastante engraçadas, como a roda dianteira maior que a traseira e, durante um bom tempo, traziam sua estrutura toda em madeira.

Muito utilizada para o lazer, aventura e manobras radicais, a bicicleta também representa o principal meio de deslocamento de uma expressiva parte de trabalhadores e estudantes brasileiros que se utilizam desse meio, diariamente.

Em alguns países a população reconhece a real eficiência ciclística como meio de transporte, como por exemplo, a Holanda, que utiliza a bicicleta em 27% dos deslocamentos diários, a Dinamarca, 18% e a Suíça, 15%.

No Brasil, segundo a Agência Nacional de Transporte Público, 44% dos brasileiros se deslocam a pé no dia a dia, 29% de ônibus, 19% de automóveis particulares, 7% de bicicletas e 1% de motocicletas. Isto demonstra que 51% da população não utiliza meios de transporte motorizados. No entanto, a maior parte dos investimentos públicos concentra-se na criação e manutenção de infra-estrutura para veículos automotores.

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A carência de ciclovias e estruturas necessárias para esse tipo de transporte é um triste exemplo desta situação, fazendo com que os ciclistas tenham que dividir o espaço das ruas e avenidas movimentadas com os veículos, ficando assim, sem o mínimo de segurança necessária, visto que os motoristas raramente respeitam os ciclistas, assegurando a preferência e mantendo distância mínima de 1,5 metros do mesmo.

Segundo o Código Nacional de Transito, "compete aos órgãos públicos, planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas."

Deve-se lembrar ainda que não somente a bicicleta pode ser considerada um meio de transporte alternativo e mais eficiente, mas vários outros, como ônibus, metrôs e trens, que possuem maior capacidade de passageiros. Ao deixar o carro em casa e passar a utilizar mais a bicicleta nos deslocamentos diários, pode-se unir a atividade física com a redução da poluição atmosférica, gerando uma melhor qualidade de vida a todos. Mas para isso é necessário que se façam maiores investimentos em infra-estrutura cicloviária nos centros urbanos.

É importante ressaltar: as cidades podem pleitear recursos específicos no governo federal para esse tipo de investimento, por meio do Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta - Bicicleta Brasil, que objetiva oferecer maior segurança aos ciclistas e possibilitar um transito mais eficiente.

Nesse sentido, pode-se dizer que a cidade de Maringá tem dado tímidos passos nesta direção, uma vez que conta com certas estruturas para o uso da bicicleta, como a presença de alguns quilômetros de ciclovias. No entanto, é importante lembrar que estas precisam de manutenção e de reparos, assim como as ruas e avenidas da cidade, além da necessidade de criarem novas campanhas incentivando o uso da bicicleta e orientando os usuários.

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Fernando César Manosso


 
 
 

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